[Prova]
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COTAÇÕES E
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
A INDICAÇÃO DO NÚMERO DE
LINHAS/PALAVRAS VISA APENAS ORIENTAR O ALUNO RELATIVAMENTE
AO GRAU DE DESENVOLVIMENTO DA RESPOSTA, PELO QUE
NÃO SE PROPÕE QUALQUER PENALIZAÇÃO
PARA O NÃO CUMPRIMENTO DESSA INDICAÇÃO.
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Por ser um texto demasiado
grande, dividimos os critérios em dois ficheiros, de acordo
com os grupos de questões. Aqui trata-se o 1º grupo,
mas pode aceder a ambos através do menu seguinte:
Grupo I
Grupo II
GRUPO I
Questões 1. e
2.
CRITÉRIOS |
PONTUAÇÃO |
Rigor da análise do excerto apresentado |
10 pontos |
Coerência lógica da resposta |
7 pontos |
Utilização precisa da terminologia
filosófica |
4 pontos |
Correcção da expressão
escrita |
4 pontos |
TOTAL |
25 pontos |
TOTAL das Questões 1. e 2 |
(2 x 25) = 50 pontos |
- A inadequação
da resposta à questão formulada implica uma pontuação
de O (zero) pontos.
- A mera transcrição
de frases do texto implica uma pontuação de O
(zero) pontos.
Questão 3.
CRITÉRIOS |
PONTUAÇÃO |
Adequação dos conhecimentos
mobilizados |
35 pontos |
Coerência lógica da resposta |
15 pontos |
Utilização precisa da terminologia
filosófica |
10 pontos |
Correcção da expressão
escrita |
10 pontos |
TOTAL da Questão 3. |
(1 x 70) = 70 pontos |
TOTAL DO GRUPO I |
120 pontos |
- A inadequação
da resposta à questão formulada implica uma pontuação
de O (zero) pontos.
- Se a resposta não manifestar
conhecimento da obra, a pontuação será
de O (zero) pontos.
Tópicos
de conteúdo:
DA NATUREZA,
Parménides
- Defender a descontinuidade
do ser implicaria defender uma diferença. Pode o que
é estar cerca de algo diferente? Afirmá-lo seria
contraditório. Portanto, a descontinuidade implicaria
uma contradição, pelo que o ser é contínuo.
- A imagem sintetiza a exclusão
de todas as formas de mobilidade. Geração, destruição,
alteração interna implicariam a afirmação
do não-ser ou a afirmação do ser como
ser e não-ser, afirmações que a «convicção
verdadeira» repele por princípio.
- As duas vias do pensamento.
A impossibilidade do não-ser e a ilegitimidade da via
da opinião (o devir supõe a afirmação
do não-ser).
A decisão do pensamento pela fidelidade aos seus princípios
assegura a unidade de pensamento, verdade e ser.
A eficácia da via da verdade - a dedução
dos atributos do ser.
Deduzidos os atributos do ser, é difícil enquadrar
a via da opinião no todo do pensamento de Parménides.
GÓRGIAS,
Platão
- Querefonte quer saber qual é
a arte que Górgias cultiva, isto é, quer uma
definição de retórica. Polo, em vez de
responder à questão de Querefonte com uma definição,
como o procedimento dialéctico exigiria, limitou-se,
à maneira dos oradores, a elogiar a retórica,
dizendo que era a mais bela das artes.
- Sócrates quer saber qual
é a arte exercida por Górgias e qual a designação
que se deve atribuir a Górgias em função
da arte que exerce.
- Concepção
de Górgias acerca da retórica:
- é a arte dos discursos;
- faculta a quem a possui liberdade
para si próprio e domínio sobre os outros
na cidade;
- tem por objectivo e essência
produzir a persuasão nos tribunais e em outras
assembleias;
- tem por objecto o justo e
o injusto.
Concepção platónica
da retórica:
- não é uma arte;
- é uma forma de actividade
empírica e de rotina, que visa produzir agrado
e prazer;
- com a cozinha, a toilette
e a sofística é uma parte da adulação;
- é um simulacro de uma
parte da política, a justiça.
Dialéctica:
- método filosófico
que Sócrates considera correcto e que busca a descoberta
da verdade.
Oposição radical
entre os processos e as finalidades dos oradores (retórica
e persuasão) e os dos filósofos (dialéctica
e verdade).
FÉDON,
Platão
- As propriedades da harmonia,
semelhantes às da alma, são diferentes das propriedades
dos elementos harmonizados. Mas essa diferença depende
da relação (harmonização) dos
elementos, não assinala uma natureza independente.
Assim, se a alma for uma harmonia de elementos corpóreos,
dependerá da relação entre estes e não
subsistirá sem ela.
- Se a alma é apenas a harmonia
constituída por elementos corpóreos e a virtude
é harmonia, e o vício é desarmonia, não
é possível atribuir vícios à alma
- dizer que uma alma é viciosa seria dizer que uma
harmonia não é harmoniosa.
- Provar a imortalidade da
alma implica provar a natureza distinta e incorpórea
da alma e desenvolver um dualismo que acolha tal realidade.
Importância da teoria das formas na construção
da ideia da realidade apenas inteligível.
A objecção de Símias como ameaça
ao dualismo. A refutação de Sócrates
assegura o progresso
já realizado com os argumentos anteriores.
CATEGORIAS,
Aristóteles
- O primeiro período
do texto proporciona uma caracterização negativa
das substâncias primeiras. As substâncias primeiras
não são ditas de algum sujeito: não são
universais, sendo universal tudo aquilo que se predica de
uma multiplicidade de coisas. As substâncias primeiras
não existem em algum sujeito: não são
acidentes, sendo um acidente aquilo que existe em alguma coisa,
mas não como parte sua, e que não pode existir
separadamente daquilo em que existe.
- Só as substâncias
primeiras são seres individuais e auto-subsistentes:
tudo o que existe está nas substâncias primeiras
ou predica-se destas. Na ausência de substâncias
primeiras, não existiriam substâncias segundas
nem qualidades acidentais.
- A obra proporciona uma classificação
das categorias ou tipos principais de entidade envolvidos
na estrutura da realidade. O extracto introduz a categoria
de substância, categoria ontolo-gicamente fundamental,
e elucida em parte a natureza das substâncias primeiras:
estas, apesar de permanecerem em si mesmas unas e idênticas,
admitem qualificações contrárias.
O MESTRE,
Santo Agostinho
- A objecção consiste
em dizer que se falar é apenas proferir palavras, então,
como quando cantamos também falamos e cantamos frequentemente
sozinhos (sem que alguém nos oiça e aprenda),
há pelo menos um caso em que não temos por objectivo
ensinar. Isto leva Adeodato a pensar que a tese de Agostinho,
segundo a qual sempre que falamos pretendemos ensinar, está
errada.
- S. Agostinho justifica a
ideia de que «uma coisa é falar, outra cantar»
com dois argumentos:
- O que deleita no canto é
uma determinada modulação do som. Esta modulação
pode-se unir ou separar das palavras. Logo, uma coisa
é falar, outra cantar.
- É possível entoar
cantos, usando flautas e cítaras. As aves também
cantam. Nós, às vezes, sem palavras, também
entoamos trechos musicais. Em todos estes casos há
canto, mas não há locução.
Logo, falar e cantar são coisas diferentes.
- Pela locução os
homens pretendem ensinar ou rememorar os outros ou a si mesmos.
Mas ensinar é diferente de falar: é possível
ensinar sem usar palavras.
Ensinar é também diferente de significar: significamos
para ensinar e não ensinamos para significar.
Com as palavras, aprendemos apenas o som e o ruído
das palavras. Depois de termos conhecimento das coisas, também
temos conhecimento das palavras; mas, pelas palavras, nem
as palavras aprendemos.
Se sabemos o significado das palavras, rememoramos mais do
que aprendemos. Se não sabemos, nem sequer rememoramos.
O homem, pelas palavras, é apenas incitado a aprender.
PROSLOGION,
Santo Anselmo
- Dois modos de pensar uma
realidade: pensar numa palavra que tem um certo significado
é diferente de pensar numa palavra compreendendo efectivamente
o seu significado, inteleccionando a realidade que esta refere.
A distinção mostra como o ateísmo é
possível: quando pensa em Deus, o ateu fica-se pelo
primeiro modo de pensar.
- Quem pensa em Deus compreendendo
efectivamente a realidade significada pelo termo «Deus»,
não pode pensar que Deus não existe: como Deus
é o ser maior do que o qual nada se pode pensar, nem
em pensamento pode não existir.
- Procura de um único argumento
que estabeleça racionalmente a existência de
Deus. O argumento, partindo da ideia de Deus como o ser maior
do que o qual nada se pode pensar, estabelece a sua existência
necessária e proporciona a chave para a compreensão
da natureza divina.
O SER E
A ESSÊNCIA, São Tomás de Aquino
- A hipótese de haver
mais de uma existência subsistente contradiz a noção
de existência subsistente. Se recebesse discrime, pelo
qual pertencesse a uma espécie de entes, subsistiria
pela dínase; se recebesse matéria, que o distinguisse
de outro ser da mesma espécie, subsistiria por um outro.
- Tem de haver uma primeira causa
de todos os seres para evitar regressão infinita. A
realidade da causa primeira não pode ser dada por um
princípio extrínseco, porque, neste caso, não
seria causa primeira. Mas também não pode ser
dada por uma essência distinta da existência,
porque isso seria admitir que um ser pode criar-se a si mesmo.
Portanto, a causa primeira é unicamente existência.
- Objectivos da obra: expor e relacionar
sem contradição os princípios pelos quais
compreendemos toda a realidade; mostrar de que modo a essência
existe nos diferentes tipos de entes.
A primeira tarefa, subordinada à segunda, resolve as
dificuldades relativas à conexão de noções
como existência, essência, género, espécie
e discrime. O segundo objectivo leva à exposição
de um quadro hierarquizado dos seres, do mais ínfimo
a Deus.
REDUÇÃO
DAS CIÊNCIAS À TEOLOGIA, São Boaventura
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