[Prova]
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COTAÇÕES E
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
A INDICAÇÃO DO NÚMERO DE
LINHAS/PALAVRAS VISA APENAS ORIENTAR O ALUNO RELATIVAMENTE
AO GRAU DE DESENVOLVIMENTO DA RESPOSTA, PELO QUE
NÃO SE PROPÕE QUALQUER PENALIZAÇÃO
PARA O NÃO CUMPRIMENTO DESSA INDICAÇÃO.
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Por ser um texto demasiado
grande, dividimos os critérios em dois ficheiros, de acordo
com os grupos de questões. Aqui trata-se o 2º grupo,
mas pode aceder a ambos através do menu seguinte:
Grupo
I
Grupo II
GRUPO
II
CRITÉRIOS |
PONTUAÇÃO |
Plano prévio -- estrutura
e adequação |
8 pontos |
Selecção correcta
dos conhecimentos para desenvolver o tema escolhido |
20 pontos |
Apropriação pessoal
dos conhecimentos e apreciação do
modo como o tema foi tratado pelo autor, na obra |
10 pontos |
Coerência lógica
da resposta |
20 pontos |
Utilização precisa
da terminologia filosófica |
10 pontos |
Correcção da
expressão escrita |
12 pontos |
TOTAL |
(1x 80) = 80 pontos |
TOTAL DO GRUPO ii |
80 pontos |
- Se o aluno não identificar
a obra e não resultar óbvio do
seu texto a que obra se está a areferir, ou se esscolher
um par obra-tema diferente dos indicados, a pontuação
será de O (zero) pontos.
- A inadequação da aresposta
à questão implica uma pontuação
de 0 (zero= pontos.
Dado o objectivo deste grupo serão
de aceitar respostas diversificadas, desde que se reportem a
um dos pares obra-tema indicados na prova e
revelem uma selecção adequada dos conhecimentos
da obra e um psoicionamento crítico.
Tópicos
de conteúdo:
PRINCÍPIOS
DA FILOSOFIA, R. Descartes
TEMA: O dualismo alma-corpo
A alma enquanto substância
inteiramente distinta do corpo.
O conceito de substância: as substâncias criadas,
sejam elas imateriais ou corpóreas, podem existir sem
o auxílio de qualquer outra coisa criada. Só
nos apercebemos das substâncias através dos seus
atributos. Embora qualquer atributo de uma substância
nos permita detectá-la, cada substância tem um
atributo que constitui a sua natureza ou essência, um
atributo do qual dependem todos os seus outros atributos.
A extensão como atributo essencial da substância
corpórea; o pensamento como atributo essencial da substância
imaterial. A noção de pensamento abrange tudo
o que ocorre em nós, de tal maneira que o notamos por
nós próprios: compreender, querer, imaginar,
sentir.
Do cogito ao dualismo alma-corpo: o conhecimento que temos
da nossa própria alma, para além de preceder
o conhecimento que temos do corpo, é mais certo do
que este - conhecemos melhor as substâncias em que detectamos
um maior número de propriedades, sendo certo que encontramos
mais propriedades no nosso pensamento do que em qualquer outra
coisa.
O primado antropológico da alma: a nossa natureza é
essencialmente mental.
CARTA SOBRE A TOLERÂNCIA,
J. Locke
TEMA: Estado e Igreja
O Estado é uma sociedade
humana constituída unicamente com o fim de conservar
e promover os bens civis (vida, liberdade, integridade e protecção
do corpo contra a dor e bens externos - terras, dinheiro,
móveis).
O magistrado civil tem o dever de assegurar, pelas leis, a
conservação e a posse de todas as coisas que
se relacionam com a vida civil. Para isso, foi dotado, pelos
súbditos, com o monopólio da força legítima.
A soberania do poder civil limita-se e circunscreve-se a conservar
e a promover os bens civis e não se estende à
salvação das almas.
A Igreja é uma sociedade livre de homens voluntariamente
reunidos para adorar publicamente a Deus, da maneira que julguem
ser agradável à divindade, com vista à
salvação das almas.
Ninguém está, por natureza, obrigado a fazer
parte de uma dada Igreja. Cada um junta-se livremente à
Igreja em que julga que se pratica a verdadeira religião
e um culto que agrada a Deus.
As Igrejas têm leis que estabelecem o tempo e o lugar
em que se realizam as assembleias, as condições
em virtude das quais os membros são admitidos ou excluídos,
e que regulam diversas funções e outras coisas
do mesmo género. Estas leis têm por fim e limite
o culto público de Deus e, por meio dele, a obtenção
da vida eterna.
As Igrejas não têm qualquer jurisdição
sobre os bens civis ou sobre as posses terrenas e não
podem, seja porque motivo for, empregar a força, que
é da competência exclusiva do magistrado civil.
Podem apenas utilizar exortações, admoestações
e conselhos para manter os seus membros no dever e, no caso
de isso falhar, recorrer à excomunhão.
DISCURSO DE METAFÍSICA,
G. W. Leibniz
TEMA: A natureza das substâncias individuais
A cada substância individual
corresponde uma «noção completa»,
que é especificada pela lista exaustiva dos seus predicados.
Identidade dos indiscerníveis: dado que as substâncias
se distinguem apenas pelos seus predicados, não podem
diferir apenas em número.
As substâncias são indivisíveis e não
possuem uma natureza física ou material. O número
das substâncias não aumenta nem diminui naturalmente.
Estas só podem começar por criação
e desaparecer por aniquilação: é Deus
que as conserva e produz continuamente, por uma espécie
de emanação.
Cada substância individual exprime o universo todo à
sua maneira. Assim, cada substância reproduz de certo
modo o universo e contribui para multiplicar a glória
de Deus: exprime, embora confusamente, todos os acontecimentos
passados, presentes e futuros. Toda a substância apresenta
uma marca da omnipotência e omnisciência de Deus,
imitando-o tanto quanto lhe é possível.
Cada substância é uma espécie de mundo
isolado, independente de tudo resto e exterior a Deus. Em
rigor, uma substância particular nunca actua sobre outra.
A aparente actuação entre substâncias
é explicada pela harmonia preestabelecida por Deus.
FUNDAMENTAÇÃO
DA METAFÍSICA DOS COSTUMES, I. Kant
TEMA: Moral e autonomia
O exame da moral comum esclarece
as condições do mérito moral, as noções
de boa vontade e de dever. Nesse primeiro esclarecimento,
a ideia de autonomia está apenas implícita,
como ideia de que o mérito moral reside na independência
do sujeito em relação aos seus próprios
interesses, inclinações e circunstâncias.
A explicitação do princípio da autonomia
produz novos esclarecimentos: na experiência do dever,
a oposição entre universalidade e particularidade
é explicada como oposição entre autonomia
(pura determinação racional) e heteronomia (sujeição
a móbeis sensíveis); a relação
entre obrigante e obrigado é explicada pela posição
do sujeito como legislador e membro do reino dos fins. A acção
moral despojada de fins concretos ganha uma finalidade - o
ideal do reino dos fins.
O princípio da autonomia é a via para a fundamentação
da moral: o conceito positivo de liberdade.
INTRODUÇÃO
À HISTÓRIA DA FILOSOFIA, G. W. F. Hegel
TEMA: Filosofia e conhecimento racional
A finalidade da filosofia é
a verdade, pelo que não pode ser considerada uma galeria
de opiniões (representações subjectivas)
e não pode ser subordinada nem à fé autoritária
nem à fé pessoal. As divergências entre
filosofias não deverão justificar a rejeição
nem da filosofia nem da verdade em geral.
A superação destas falsas representações
da filosofia exige a superação do conhecimento
intelectivo que, prisioneiro da abstracção,
transforma em entidades autónomas os diferentes momentos,
aspectos ou figuras em que a realidade se perfaz.
A perspectiva racional tomará a realidade como um desenvolvimento
não linear, conduzido por um princípio interno,
um todo que se concretiza em cada um dos seus momentos e lhe
dá o seu fim. Compreenderá as diferentes filosofias
como momentos do seu desenvolvimento.
Compreenderá, finalmente, que a realidade como um todo
é o processo de auto-realização do espírito
e que a filosofia é o consumar dessa realização.
TENDÊNCIAS
GERAIS DA FILOSOFIA NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX, Antero
de Quental
TEMA: A natureza do pensamento filosófico
A filosofia, tal como o pensamento
humano, é eterna mas instável e flutuante, susceptível
de progresso e retrocesso. Embora, no fundo, seja sempre igual
a si mesma, é continuamente diversa de si mesma nas
suas manifestações. Representa o que há
de absoluto no pensamento humano e o que há de relativo
na consciência que o pensamento humano tem de si mesmo:
uma potência infinita e um acto limitado.
A filosofia alimenta-se das suas próprias dúvidas.
Estas permitem não só colocar os grandes problemas,
mas também começar a resolvê-los, pois
circunscrevem o domínio a investigar. São as
dúvidas que tornam a filosofia fecunda.
Não há uma verdade total e definitiva na filosofia.
Uma filosofia definitiva implicaria a imobilidade do pensamento
humano. A verdade filosófica é simbólica.
A filosofia é a equação do pensamento
e da realidade num dado momento histórico. A cada período
histórico corresponde a sua filosofia. Os diversos
sistemas filosóficos existentes em cada período
acabam por se complementar, apresentando-se como diferentes
modalidades do espírito geral e total desse período.
Embora no final de cada período não se atinja
uma síntese perfeita do pensamento, regista-se uma
tendência para um sincretismo mais ou menos sistemático.
A ciência e a filosofia complementam-se: a primeira
traça o quadro do Universo na sua complexidade fenomenal;
a segunda interpreta o significado desse quadro e procura
descobrir a chave do «grande enigma».
A ORIGEM DA TRAGÉDIA, F. Nietzsche
TEMA: Homem trágico e homem teórico
O Uno Primordial como actividade
de criação e destruição. O apolíneo
e o dionisíaco.
A ausência de finalidade e o risco do pessimismo.
Duas maneiras de superar o pessimismo: homem trágico
e homem teórico.
A tragédia como união do dionisíaco e
do apolíneo. A tragédia, que permitiu aos gregos
acolher e aprovar a terrível verdade do ser, como modelo
da sabedoria dionisíaca. Subordinação
do princípio da individuação ao pleno
acolhimento da vida, mesmo nas suas manifestações
mais terríveis.
A sedução pela aparência apolínea
e a submissão ao princípio da individuação
geram o homem teórico que domina a cultura ocidental.
Optimismo teórico: valorização da abstracção,
da universalidade e da causalidade. Identificação
da virtude, do saber e da felicidade - enfraquecimento da
vida.
DA CERTEZA, L. Wittgenstein
TEMA: Aprendizagem e sistemas de crenças
A aprendizagem corresponde à
formação gradual, socialmente contextualizada,
de um sistema de crenças. A experiência ensina-nos
certas proposições, mas não isoladamente:
ensina-nos um conjunto de proposições interdependentes,
que se reforçam mutuamente.
As nossas proposições empíricas não
formam uma massa homogénea. Num sistema de crenças,
algumas permanecem inabalavelmente firmes, mas outras são
susceptíveis de revisão em graus variáveis.
Aquilo que permanece firme não é intrinsecamente
óbvio; é aquilo que rodeia as crenças
inabaláveis que lhes dá consistência.
Não aprendemos a prática de formular juízos
empíricos através da aprendizagem de regras:
os juízos e a sua ligação a outros juízos
são-nos ensinados. Aprender é adquirir crenças
que tornam possível a emergência de jogos de
linguagem. Um jogo de linguagem é algo que se adquire
na prática do seu uso: as regras desse jogo não
são aprendidas explicitamente. A prática dos
jogos de linguagem proporciona toda uma imagem do mundo, que
dá consistência a uma dada forma de vida.
Toda a confirmação ou infirmação
de uma hipótese ocorre no interior de um sistema. O
sistema não proporciona propriamente um ponto de partida
para os nossos argumentos; é antes o elemento onde
vivem os argumentos, determinando aquilo que é e aquilo
que não é admissível como prova.
ELOGIO DA FILOSOFIA,
M. Merleau-Ponty
TEMA: Concepção de filosofia
A filosofia não consiste
em transferir a nossa atenção da matéria
para o espírito, nem na constatação intemporal
de uma interioridade intemporal. Só há a filosofia
de hoje, aquela que eu agora posso pensar e viver.
Filosofar é descobrir o sentido primeiro do ser, pelo
que é necessário assumir a situação
humana.
A filosofia é um sentido em devir, que se constrói
a si próprio em acordo e em reacção consigo;
uma filosofia é, necessariamente, uma história
(filosófica), uma troca entre problemas e soluções,
em que cada solução parcial transforma o problema
inicial, de modo que o sentido do conjunto não lhe
é preexistente.
A filosofia não é um diálogo do filósofo
com a verdade, um juízo superior sobre a vida, o mundo
e a história, como se estivesse fora deles - e não
pode também subordinar a qualquer instância exterior
a verdade reconhecida interiormente.
A filosofia está no seio da história; não
é nunca independente do transcurso histórico.
Mas substitui o simbolismo tácito da vida por um simbolismo
consciente e o sentido latente por um sentido patente.
Filosofar é procurar, é afirmar que há
algo a ver e a dizer. A filosofia desperta-nos para o que
há de problemático em si na existência
do mundo e na nossa, de modo que nunca deixamos de procurar
uma solução.
OS PROBLEMAS
DA FILOSOFIA, B. Russell
TEMA: O valor da filosofia
A filosofia, pelas dúvidas
que coloca, diminui o nosso sentimento de certeza quanto ao
que as coisas são e aumenta o nosso conhecimento do que
as coisas podem ser; elimina o dogmatismo e mantém viva
a nossa capacidade de admiração.
A contemplação filosófica é uma
forma de fugir ao tipo de vida do homem instintivo (fechada
no círculo dos interesses privados, na qual há
um conflito constante entre a persistência do desejo e
a incapacidade da vontade). Ela permite:
- ver o todo com imparcialidade;
- alargar os limites do Eu, partindo da grandeza do não-Eu;
- a participação da mente na infinidade do
Universo que contempla;
- alargar o não-Eu e o Eu que o contempla;
- libertar o intelecto das coisas pessoais e privadas;
- atingir o conhecimento impessoal, contemplativo, abstracto
e universal;
- alargar os objectos dos nossos pensamentos e das nossas
acções e afecções: a imparcialidade
na contemplação é desejo de verdade,
na acção é justiça, na emoção
é amor universal;
- sermos cidadãos do Universo, libertos da sujeição
a esperanças e temores mesquinhos.
Assim, o valor da filosofia encontra-se principalmente na
incerteza, ,na libertação de objectivos pessoais
e limitados e na elevação e união da
mente com o Universo, que resulta da contemplação
da grandeza desse mesmo Universo.
PROBLEMÁTICA
DA SAUDADE & ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONSCIÊNCIA
SAUDOSA, Joaquim de Carvalho
TEMA: Saudade e universalidade
O interesse pela saudade
é predominante nas épocas em que as «razões
de coração» são tão atractivas
como as «razões da razão»:
- o século XIX, enquanto o romantismo dominou a
arte e o pensamento, foi o século dos temas saudosistas;
- o século XVIII, de índole racionalista
e iluminista, foi o século em que a nacionalidade
abstracta, universalista e impessoal desterrou a saudade.
A saudade não se identifica com a reminiscência
platónica, dado que o saudoso se coloca emocionalmente
perante um mundo pessoal e vivido e não perante o mundo
impessoal de ideias e de formas objectivas, indiferentes,
intemporais, a-espaciais e universalmente válidas.
Embora a saudade, como vocábulo, seja exclusivo de
luso-galaicos, o que exprime é próprio da constituição
psíquica humana e, por isso, pode ser expresso por
palavras de som e grafia diferentes.
A saudade é um acontecimento psíquico susceptível
de se dar no espírito de qualquer ser humano.
A consciência individual pode ser mais ou menos sensível
às circunstâncias particulares da existência;
no entanto, o sentimento de conformidade ou desconformidade
das situações vividas e a possibilidade do contraste
de uma situação actual com a recordação
de situações anteriores são próprios
da natureza da vida emocional e da temporalidade da constituição
espiritual.
SOBRE A ESSÊNCIA
DA VERDADE, M. Heidegger
TEMA: A verdade na tradição
Do conceito vulgar ao conceito filosófico, tradicional,
de verdade: o verdadeiro como o efectivo; insuficiência
desta ideia. A verdade como conformidade.
A tradição filosófica: a verdade é
a adequação da coisa ao intelecto. O duplo sentido
e a assimetria desta adequação.
As diferentes formas de elaboração da verdade
como adequação - a conveniência assegurada
pelo Criador; a ordem racional do mundo; a objectividade (Kant)
- assumem que a verdade da proposição consiste
na correcção do enunciado e que a não-verdade
é um não-estar-conforme.
A elucidação da ideia de conformidade, porém,
revelará que a referência que reina entre o enunciado
e a coisa tem base numa relação mais originária,
pela qual o sujeito deixa a coisa opor--se como objecto. A
verdade não reside originariamente na proposição
e, da mesma maneira, a não--verdade não é
exterior à essência da verdade.
TEORIA DA INTERPRETAÇÃO,
P. Ricoeur
TEMA: A fixação do discurso na escrita
Na escrita, a significação separa-se do evento,
mas a estrutura fundamental do discurso mantém--se:
o texto não só obedece à dialéctica
do evento e da significação, como também
torna mais explícita tal dialéctica.
Ao fixar-se o discurso na escrita, a inscrição
substitui a expressão vocal imediata. Procura-se fixar
não a linguagem como langue, mas o discurso,
porque enquanto evento este desvanece-se. A escrita não
fixa o evento da fala, mas a exteriorização
intencional, constitutiva do par «evento-significação».
Embora a passagem da fala para a escrita diga respeito primariamente
à mudança de canal, esta mudança tem
vários efeitos noutros «factores» da comunicação.
Mensagem e locutor: a intenção do autor e o
significado do texto deixam de coincidir, resultando daí
a autonomia semântica do texto.
Mensagem e ouvinte: o auditório universaliza-se, o
que possibilita uma multiplicidade de interpretações
do texto que torna necessária a actividade hermenêutica.
Mensagem e código: a sua relação complexifica-se,
tomando possível a emergência dos géneros
literários.
Mensagem e referência: enquanto na fala a referência
se baseia em mostrações dependentes da situação
partilhada pelos interlocutores, na escrita ultrapassa-se
a referência meramente situacional, e o homem passa
a ter um «mundo». Os textos poéticos falam
do mundo, mas não descritivamente: a escrita liberta
um poder de referência para aspectos do nosso ser-no-mundo
que só podem ser ditos graças à metáfora.
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