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...texto escrito a propósito da introdução à leitura/análise do Górgias de Platão -- ver programa de Filosofia do 12º ano.

A autora tem no Canto um poema intitulado Com a Filosofia.
 
 

 

PLATÃO e SÓCRATES
-- escrever em diálogo/dialogar
 
Shirley MEIRA

aluna do 12º N

Platão

Escrever em diálogo, porquê?

Platão escreve quase sempre em diálogo. Uma, entre outras razões, seria para os leitores da época o conseguirem entender melhor.

Na suas obras, algumas excepcionais, Platão, com o seu diálogo, tenta reproduzir a magia do diálogo Socrático, imitando o jogo de perguntas e respostas, com todos os meandros da dúvida, com as fugazes e imprevistas revelações que impulsionavam para a verdade, sem contudo a revelar de modo directo.

Assim, as finalidades do diálogo Socrático são a catarse (purificação) e a educação para o autoconhecimento.


Sócrates

Dialogar: a verdade escondida nas palavras.

Sócrates provavelmente não escrevia textos, embora se lhe atribua a autoria de alguns poemas (?).

Ele não queria ensinar; pelo contrário, dava a impressão de querer aprender.

Em vez de dar aulas, como um mestre tradicional, debatia, simplesmente fazia perguntas -- principalmente para começar uma conversa -- como se nada soubesse.

Segundo o seu discípulo Platão, Sócrates achava que um livro era um mestre que falava mas não respondia e, talvez por isso, Sócrates preferisse debater os assuntos nas praças. Ensinar o Homem é cuidar da sua própria alma -- esta seria a principal tarefa a ser desempenhada por Sócrates.

Através da retórica e não sendo sofista, Sócrates tinha autoconfiança no que falava, podendo tanto arrebatar como irritar os seus ouvintes. Talvez por isso, Sócrates nada tenha deixado escrito; ele podia mudar a opinião dos ouvintes e a "dele" através da retórica -- o que seria mais difícil se tivesse usado a escrita. Ele convencia os que o escutavam de que o ponto de partida, na procura do saber, era o mesmo para todos: saber que não se sabia. O diálogo permite que as ideias fluam mais facilmente do que através da escrita. Nesta, divaga-se e dispersa-se muito mais do que através da dialéctica.

 


Sobre este tema leia ainda:
Viver em conjunto.

 

[Out/2002]


 
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