[este
poema é dito por Adriana Calcanhotto no seu álbum Público.
Descarregue
a faixa respectiva, em formato mp3] |
Armar um tabuleiro de palavras-souvenirs.
Apanhe e leve algumas palavras como souvenirs.
Faça você mesmo seu micro tabuleiro enquanto jogo linguístico.
Babilaque pop chinfra
parangolé beatnick vietcong
bolchevique technicolor biquini
pagode axé mambo
rádio cibernética
Celular automóvel buceta
favela lisérgico maconha
ninfeta megafone microfone
clone sonar sputinik
dada
Sagarana estéreo subdesenvolvimento
existencialismo fórmica arroba
antivirus motoserra mega sena
Cubofuturismo biopirataria dodecafônico
polifônico naviloca polivox
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Gostaríamos
de passar em revista o século em que nos coube viver e que conhece
os seus últimos dias. Não queremos outro objectivo senão
o de ir constituindo (até quando, se verá...) um dossier
que contribua para pensar estes anos que trouxeram à Humanidade
a maior das abundâncias e os meios de destruição mais
eficazes; que nos permitem navegar para o espaço com tanta facilidade
quanta a que deixa morrer gente aqui ao lado...
Não
somos pioneiros. Quando o ano de 1999 se aproximava do fim, com as discussões
sobre se estaríamos a atingir o século XXI chegaram sínteses
dos mais diversos quadrantes [O Canto fê-lo também
-- ver o destaque Dentro de
dias começa o ano 2000, o ano do futuro].
- Virado para o futuro, o nº
987 (de Dezembro/99) de Science &
Vie publicou um dossier, com mais de
80 páginas, com a análise de 30
sonhos da humanidade.
- Um outro
dossier do nº 23 da revista portuguesa Vida
Mundial analisa vários aspectos
deste século que se projectam no próximo.
- A Time
de 31 de Dezembro de 1999 é um conjunto de quase 200 páginas
sobre um século dominado pela ciência e que escolhe como
personalidade dominante Albert Einstein. E destaca um homem mítico
da paz: M. Gandhi. E declara Winston Churchill personalidade
da primeira metade do século. E faz uma resenha, século
a século, do milénio que está também
a terminar. Em suma, um número de revista a conservar.
Uma
perspectiva diferente mas não menos interessante é a do jornal
francês Libération:
propõe uma análise dos objectos
do século detectando neles características do nosso
tempo. Além do ovni,
o antibiótico,
a bola,
a lata
de conservas, a bomba
A(tómica), a caravana
de campismo, o (avião)
Caravelle, o bilhete
de identidade, o postal
(ilustrado), o carrinho
das compras, o circuito
integrado, o clone,
o DS (da Citroen),
o desodorizante,
o divan,
a guitarra
eléctrica, o hamburger,
a câmara
de voto, o jean,
a Kalachnikov,
o LSD, a
(máquina
fotográfica) Leica, o livro
de bolso, a máquina
de lavar, a máscara
de mergulho, o metro(politano),
o micro-computador,
o relógio
de pulso, o maço
de cigarros, o berbequim,
a pedra
da lua, a pílula,
a (boneca)
Barbie, o robot,
o saco
plástico, o soutien,
a esferográfica,
o surf,
o telefone,
a televisão,
o tgv, o
gira-discos,
o tractor.
No
domínio das ideias...
-
"O tema do fim da metafísica
parece ser algo aceite e partilhado por quase todas as correntes de
pensamento influentes no nosso século. As nuances no
que respeita ao sentido desse fim e das suas causas e consequências
são diferentes em cada escola, mas o seu núcleo é
comum. O Wittgenstein do Tractatus, o Círculo de Viena,
a filosofia analítica, o Wittgenstein das Philosophisch
Untersuchungen, a filosofia da linguagem, a fenomenologia, Heidegger
e a hermenêutica, as correntes do marxismo ocidental e a Escola
de Frankfurt, por exemplo, coincidem na sua crítica à
metafísica e no anúncio de uma ou outra forma da sua
"superação" (Jesús
José Nebreda - Tras
las huellas del hombre posmoderno. Y parte 3: La posmodernidad "da
qué pensar")
-
um número especial (Hors-série)
da revista Sciences et Avenir,
com o tema genérico AS
GRANDES IDEIAS DO SÉCULO, dedica-se à
análise das ideias que seduzem os espíritos e de que
se fala a torto e a direito. Fizemos uma
síntese delas, (hiper)ligando algumas a um tratamento mais
pormenorizado.

Tencionamos continuar esta síntese,
dando relevo à (história da)s ideias. Filosóficas,
obviamente, mas não só.
Dê a sua opinião,
faça a sua síntese... É importante. E muito
fácil:
basta clicar aqui 
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