O objectivo fundamental
desta rubrica é a "análise da
acção, naquilo que a torna verdadeiramente
humana -- a intenção, os fins, a razão
de agir, o motivo, a escolha... -- e nas suas condicionantes
que vão desde as de carácter físico-biológico
até às de natureza histórico-cultural.
A sequência proposta permitirá, por
uma lado, compreender a complexidade e finitude
do ser humano e, por outro, salientar que, como
ser insatisfeito, inconcluso e inadaptado, a sua
acção é abertura a indefinidas
possibilidades, é criadora."
PORTANTO,
trata-se de
identificar as características
específicas da acção humana
» distinguindo as acções (humanas)
dos acontecimentos (naturais);
» consciencializando que nem todos os actos
do homem são actos especificamente humanos
(só um ex.: o ressonar não é);
» explicando essas diferenças através
de conceitos como intenção, fim,
motivo, liberdade, responsabilidade...
(são acções os movimentos corporais
realizados por motivos, para atingir fim(s),
realizados livremente...)
analisar condicionantes físico-biológicas
e histórico-culturais da acção
humana
» demonstrando as relações da
acção com o corpo do sujeito que age
(com os vários sistemas -- glandular, nervoso...)
e o meio físico;
» demonstrando a importância do meio social
e histórico (o contexto cultural)
||| Como exercício,
comente a afirmação (do filósofo
espanhol Ortega y Gasset) "Eu sou eu e as minhas
circunstâncias".
mostrar que a acção humana é
criadora e abertura a possibilidades.
O ser humano é, à partida, o mais
desamparado dos animais (não tem as garras
do leão nem a visão das aves de rapina...);
mas esta inferioridade é a base para a construção
da sua superioridade. Ser livre é ter a possibilidade
de, graças à criatividade,
superar as condicionantes (construir aviões
para superar a força da gravidade, fabricar
objectos de corte para suprir a falta de garras...).
Esta é a ideia central do texto O
equipamento não corpóreo do ser humano.