ALGUNS MODELOS EXPLICATIVOS
DO CONHECIMENTO
Fátima
ALVES e outros
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A
chave do saber, p. 205 [elementos bibliográficos aqui] |
o conhecimento sensível é enganador
a razão é a única fonte de conhecimento
válido (para Platão e Descartes há ideias inatas)
estas representações são as mais
certas e, por isso, são o ponto de partida do conhecimento
que se quer logicamente necessário e universalmente válido;
conduz a um dogmatismo
a experiência é
a única fonte do conhecimento
não há ideias
inatas a mente está vazia antes de receber qualquer
tipo de informação sensorial
todo o nosso conhecimento
acerca das coisas, mesmo aquele que formula leis universais, vem da
experiência, por isso, só é válido dentro
dos limites do observável
conduz a um probabilismo
ou mesmo a um cepticismo
o conhecimento resulta de uma síntese entre
duas fontes, uma a priori e outra a posteriori
todo o conhecimento exige uma matéria (a
posteriori) e uma forma (a priori) que nos possibilitam
a sua compreensão racional
todo o conhecimento é uma construção
do sujeito que contém formas lógicas (e não ideias
inatas) que são condições de possibilidade de
recepção dos dados (ao nível da sensibilidade)
e da organização, explicação/compreensão
desses dados (ao nível do entendimento)
estas condições de possibilidade (caracterizadoras
do sujeito) devem ser o ponto de partida de qualquer investigação
acerca do conhecimento revolução copernicana
a inteligência (a razão)
não é qualquer coisa de pré-definida nem acabada;
é uma construção
progressiva que se vai constituindo ao longo de quatro estádios
ou fases de desenvolvimento, desde o nascimento até à
idade adulta
são as acções
e operações realizadas pelo indivíduo (a acção),
tendo em vista a sua adaptação ao meio, que estão
na origem do desenvolvimento cognitivo e são o processo através
do qual se vai autoconstruindo progressivamente, etapa a etapa, a
capacidade de raciocinar
as estruturas cognitivas,
progressivamente mais complexas e desligadas do concreto, resultam
de um processo interactivo de assimilação <->
acomodação, mecanismos que visam ambos conduzir o indivíduo
a uma adaptação cada vez mais flexível e estável
uma equilibração
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