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de Stravinsky "Sou o veículo através do qual passou A Sagração da Primavera", disse Stravinsky, porque ele próprio sabia que A Sagração da Primavera não era só a sua obra mais importante, mas uma obra crucial da história da música, como a sinfonia "Heróica", os últimos quartetos de corda de Beethoven e Tristão e Isolda de Wagner. Para a música europeia, marcou o fim do predomínio dos séculos de tradição germânica, e do predomínio milenar da melodia e da harmonia sobre o ritmo. Nas vésperas da Primeira Guerra Mundial, A Sagração libertou os impulsos musicais selvagens, subliminares que pressagiavam a história posterior do nosso violento século. Stravinsky concebeu a obra em 1910, quando, segundo as suas palavras, "sonhou com uma cena de ritual pagão em que uma virgem eleita para o sacrifício dança até morrer". A maior parte da música foi composta em 1911. "Não me guiava por nenhum sistema... Quando penso na música de outros compositores que me interessava naquela época -- a música de Berg, que é sintética (no melhor sentido), e a de Webern, que é analítica --, parece-me muito mais teórica do que a Sagração. E estes compositores pertenciam e eram apoiados pela grande tradição. (A grande música passo a passo. Alfragide: Ediclube, volume dedicado a Stravinsky)
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