LEXICON |
B
Ver ainda o verbete
Morte (algumas das cantatas de Bach têm
de comum a reflexão sobre a morte como ponto de partida para outra
vida).
Na data em que passaram 37
anos sobre a sua morte, o Canto publicou dois artigos sobre Bachelard:
Bachelard -- o filósofo e o poeta e Bachelard
-- poesia e ciência.
O verbete Espaço
tem referências à sua obra A
Poética do Espaço.
O texto A
evolução da ciência: continuidade ou ruptura? situa
Bachelard entre os defensores do descontinuísmo.
Ver também o
texto Teresa, a Filósofa (onde Fernando
Savater analisa a relação entre filosofia
e o erotismo).
![]() @ Corbis |
(Em redacção).
Escritora francesa, cuja vida e pensamento estão ligados aos de Sartre. |
Ver
ainda o texto A transcendência no
romance São Manuel Bom, Mártir de Miguel de Unamuno.
"A Bioética é um campo interdisciplinar da Ética Aplicada contemporânea que se vem consolidando, desde os anos 70, como uma das principais configurações da moralidade leiga. No aspecto sociocultural, nasce da sensibilidade moral crítica dos movimentos sociais dos anos 60, que questionam as normas e valores absolutos, herdados da tradição, em nome de princípios prima facie, dependentes do contexto da vida concreta e adaptados ao pluralismo das sociedades secularizadas. No aspecto epistemológico-metodológico, constitui-se como "diálogo" entre várias competências disciplinares, capaz de enfrentar criticamente (e resolver pragmaticamente) os conflitos que surgem, nas sociedades secularizadas contemporâneas, entre os processos do saber-fazer tecnocientífico (em particular o biomédico) e a sensibilidade ética. Neste contexto prático-teórico reconfiguram-se (analiticamente) antigas questões sanitárias, ou de "bioética quotidiana", e outras novas, ou de "bioética de fronteira". Em particular, as questões, por um lado, das iniquidades, do aborto, da eutanásia, etc., e, por outro, das biotecnologias, dos direitos das gerações futuras, do meio ambiente, etc." (Linha de Pesquisa Bioética e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública).
Em entrevista à "Radio Tre", transcrita na Enciclopedia Multimediale delle Scienze Filosofiche (Giostra/Radio/La bioetica), Giovanni Berlinguer refere o tema do aborto como um domínio tipicamente bioético, onde se levantam questões como a de saber se o embrião é ou não um indivíduo e estão em jogo, antagónico, o direito à vida e o direito de autodeterminação sobre o próprio corpo. E os problemas da equidade, resultantes da existência de diferenças de tratamento na distribuição das patologias; por exemplo, as diferenças genéticas que dependem da combinação casual entre os caracteres hereditários paternos e maternos não podem ser considerados injustos, mas podem tornar-se, se, havendo meios para evitar essas diferenças, eles não forem utilizados -- paralelo semelhante se pode fazer entre os riscos assumidos por um alpinista e os decorrentes de uma deficiente segurança no trabalho. Subjacente está, em todos os casos, a escolha entre o bem e o mal (as implicações morais) na aplicação das descobertas e das técnicas biomédicas, com vista a melhorar/piorar as condições em que se nasce ou se morre -- e se vive.
Questões como a do aborto levantam o problema da relação entre a (Bio)ética e o Direito. As opiniões dividem-se entre a defesa do carácter ético do Estado (e, como tal, ordenador dos comportamentos morais dos cidadãos) e a distinção entre princípios de convivência social (da competência do Estado) e princípios morais (onde a diversidade de opções é possível). A eutanásia parece ser apoiada por um dos princípios fundamentais da bioética: o princípio da autonomia (a vontade do doente é a lei suprema); que princípio(s) legitima(m) a sua proibição por via legal e a sua identificação com o homicídio?
Citações: Não se entra nunca de modo totalmente neutro
(...), não se entra nunca filosoficamente nu num problema" (D'Agostino,
na entrevista, acima referida, a Giovanni Berlinguer).
Leia ainda: o texto, publicado n'o Canto, Os
"Bebés-Proveta" e a filosofia (origens, problemática, objectivos
da Bioética), o conjunto
de artigos sobre Bioética do Núcleo Interinstitucional
de Bioética do Hospital de Clínicas
de Porto Grande (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Textos oficiais
em que está consignada uma "ética da investigação":
Declaração de Helsínquia da Associação
Médica Mundial (1964, rev. 1983); Declaração de Manila
da OMS-CIOMS (1982); Recomendação nº R/90/3 do Conselho
da Europa (1990); como pano de fundo de todas -- a Declaração
Universal dos Direitos do Homem (1948).
Ver Bem.
Veja aindaKurt Weill (com quem Brecht colaborou).
A
17/fevereiro/2000 passaram 400 anos sobre a data em que G. Bruno foi queimado
vivo. O Canto juntou um texto do jornal Público
(Roma homenageia filósofo queimado pela Inquisição),
um extracto do livro Os Génios do Cristianismo
(As fogueiras da Inquisição
semeiam o terror) e referências ao
nº 1425 da Revista do semanário Expresso
(que recorda Giordano Bruno, o irredutível
filósofo). Noutro local transcreveu todo
o capítulo daquele livro -- onde se sintetiza a história
da Inquisição que "queima os cátaros
e os valdenses, a Espanha dos Reis Católicos, o judeu e o iluminado,
na Florença dos Médicis, o frade Savonarola".
[Actualização
a 03/02/13]
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