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A TRANSCENDÊNCIA NO ROMANCE 
SAN MANUEL BUENO, MARTIR
DE MIGUEL DE UNAMUNO

 
José Alberto 

(*)

1. INTRODUÇÃO

O romance São Manuel Bom, Mártir [versão portuguesa: Algés: Difel, 1999] é considerado a principal obra de Unamuno. Obra de maturidade e de síntese, nela expõe o seu "sentimento trágico da vida quotidiana", como diria o escritor. De uma forma simples, despida de artifícios barrocos, apresenta e desvenda um tema tão profundo como o da transcendência.

Partiremos do conceito filosófico de transcendência no sentido da relação da nossa experiência com o supra-sensível e o inexperimentável: o núcleo essencial das coisas visíveis e todo o espiritual. Entenderemos então que buscar uma solução (ou só uma boa explicação) ao problema da morte, é entrar no campo do problema da transcendência, e que a imortalidade seria a conclusão lógica desta pesquisa. É por esta razão que trataremos ambos os termos como uma só questão.

O tema tem sido tratado de uma forma sistemática, e ao longo de toda a história, pela Filosofia e pela Teologia. Tem sido tratado -- para logo ser aceite ou negado -- em todos os tempos, sociedades e culturas. Unamuno, espírito reflexivo e meditabundo, como tem sido assinalado por quantos têm estudado a sua pessoa e obra, não podia deixar este tema fora das suas preocupações humanas e literárias. Consideramos que o romance em questão foi escrito como se fosse um ensaio, aproveitando no entanto as grandes vantagens que lhe dava um género como o romance.

Um tema tão profundo como este pode-se tratar com mais proveito se se enquadra num ambiente visível e  palpável, ainda que ficcionado e com personagens que ajudam o leitor a tomar partido. Não se trata de destrinçar um tema com ideias próprias, mais ou menos polémicas -- isso têm feito filósofos de todos os tempos e latitudes -- como seria no caso do ensaio, mas de fazer com que o leitor se sinta, de repente, entre a espada e a parede: trata-se de uma ficção, mas o tema é sério, profundo, complexo e toca-nos a todos.

E o autor prefere atirar a pedra e esconder a mão, como quem diz: eu sinto-o assim...mas isso é um romance, é ficção, ninguém tem que acreditar que é assim, e não tem sequer que acreditar.  É então o problema do autor ou uma invenção dele?

Nas próximas páginas trataremos de ver que se trata de um  tema da Filosofia e da Teologia que, na realidade, é verdadeiramente o problema de Unamuno, homem e escritor.

2. O problema

O problema de Unamuno -- problema de "São Manuel" -- é a "questão de saber que será da minha consciência, da tua, da do outro e da de todos, depois de cada um de nós morrer" como expressou muito bem  no ensaio Soledad (1905). É “a vontade de viver como crente e a impossibilidade de crer”[1].

Unamuno na sua obra não tenta dar respostas sistemáticas a este problema. Vai-o tocando e retocando de diferentes maneiras -- através da poesia, ensaio e romance -- como se esta forma repetitiva  fosse a maneira menos arriscada de o ir resolvendo. Preocupa-se com a vida enquanto condição para entender a morte, e "esta é a sua verdadeira e angustiante questão"[2].

O problema da morte e a sua relação com o que vem depois, tem sido equacionado ao longo de toda a história humana. Para os gregos, sobretudo para osepicureus, a morte só sucede fora do homem: enquanto este vive, não existe a morte e quando esta chega, o homem já não existe, portanto já não tem realidade. Para muitos povos da África, por exemplo, a morte é um momento de transição ao mundo dos sábios antepassados, onde se adquire a sabedoria acumulada na tribo.

O materialismo histórico -- mesmo tratando de ignorar ou negar a transcendência -- aceita que a vida humana (sobretudo as acções do homem) se prolongam no povo: racionalização do culto dos heróis, dando assim sentido à vida e à morte, ou tratando de explicar a relação do homem com os  mortos. Unamuno surpreendia-se -- e logo racionalizava a sua surpresa -- com a devoção dos portugueses às almas do Purgatório, porque isso representava um sentido social e colectivista em relação à concepção religiosa da salvação individualista. "Não é o indivíduo isolado; é a comunhão dos fiéis a que se relaciona com Deus por Cristo. Os méritos são transferíveis: [...] Daqui o culto aos santos, o culto às almas do Purgatório; daqui o valor dos mediadores"[3].

O próprio Unamuno segue, em parte, a teoria da sobrevivência no povo -- como veremos neste mesmo romance -- ainda que mais à maneira "helénica", referindo a imortalidade da alma "à sobrevivência do homem e da fama, à glória, e encontra, por outro lado, na paternidade um reflexo da durabilidade da carne"[4]. O tema da imortalidade, numa das vertentes assinaladas por Unamuno -- a vida que se continua a sonhar -- seria mais tarde magistral e repetidamente tratado por Jorge Luis Borges em contos como O Imortal e As ruínas circulares cuja trama central era exactamente a resposta ao problema da vida e da morte.  Em cada um deles aparece uma solução diferente, mas sempre seguindo respostas como alguma das anteriores.  Em As ruínas circulares, seguindo o subjectivismo de Berkeley, apresenta a imortalidade como o resultado de que tudo o que existe é sonhado por outro. Assim, a criatura, sonhada pelo seu criador, sonharia logo outra criatura e assim por toda a eternidade. O tema é  ainda tratado por outro argentino, Adolfo Bioy Casares, em A invenção de Morel. Nesta obra, a imortalidade consistia na repetição eterna de umas cenas pré-gravadas.  A pergunta final, como em Borges ou Angela Carballino, seria: tratar-se-á tudo isto de um sonho dentro de outro sonho, em círculos concêntricos, ou melhor, em espiral, até à eternidade?

Noutros casos fala-se também de eternidade pelas obras: Cervantes seria imortal porque seguiria vivendo no seu Quixote, e assim todos os criadores nas suas obras. Ou o indivíduo na comunidade que permanece depois da sua morte: "unir-se ao povo e viver; se isto se consegue, a alma salva-se na  comunhão geral, inclusive se se acredita ou não se acredita"[5].

Para Unamuno, a transcendência implicava -- como definimos nós -- o problema da imortalidade, porque ele a concebe "com traços muito concretos"[6], e não só a questão da sobrevivência do espírito.  Nisto reside a diferença entre imortalidade e ressurreição: a imortalidade é fazer perdurável a vida com tudo o que se é e tem; a ressurreição implica a morte. Unamuno não queria morrer: "não, não quero morrer, não, não quero, nem quero querê-lo, quero viver sempre, sempre, sempre, e viver eu, este  pobre eu que sou e me sinto ser agora e aqui".

3. O problema no romance

Nos romances de Unamuno quase sempre se dá a morte.  Não se dá à maneira das telenovelas contemporâneas, em que a morte sempre resolve uma série de problemas complicados, ou serve para castigar o mau, ou como vingança pela infidelidade do ser amado. Em Unamuno, a morte é a realização do romance, a sua culminação. São Manuel tinha que morrer, porque esse é o nó do romance. O autor pode, usando a imaginação e o seu poder criador, recriar a morte, mas não pode colocar-se no lugar do que morre: "a realidade positiva da morte é para o que morre".

No final do romance -- e para Unamuno -- fica a recordação de São Manuel. Acompanharam-no nos seus últimos momentos, é certo, podem acreditar na sua imortalidade, a única coisa que fica na realidade, é o vazio, a ausência da pessoa que se amava. Aí surge o problema como o coloca Unamuno neste romance: a imortalidade pessoal, o saber se morremos de todo ou não.  O pároco de Valverde está atormentado pela angústia da sobrevivência, querer acreditar e não poder.

4. Análise textual

A trama de São Manuel desenvolve-se num ambiente marcado por vários elementos que denunciam a transcendência que dá ao povo de Valverde de Lucerna a sua e a sua religião. Unamuno não usa subterfúgios para descrever este povo como um povo de profundo sentimento religioso e fetichista. Dom Manuel está "condenado", desde o princípio do romance, a ser um "santo", independentemente da solidez da sua fé, ou da profundidade das suas dúvidas. Para o povo de Valverde ele é e será sempre a encarnação de "Nosso Senhor Jesus Cristo". Antes de entrar no centro do tema, apresenta-se-nos Dom Manuel desde um ponto de vista de um bom homem, um bom cristão, um bom pastor.  "Como queria aos seus!  A sua vida era unir matrimónios desavindos, submeter aos seus pais filhos indómitos e, sobretudo, consolar os amargados e entediados e ajudar a todos a bem morrer" (13). Uma das suas tarefas era, pois, "ajudar a todos a bem morrer." Esta preocupação, devemos tomá-la como parte do  seu "teatro" de fé?  Porque, se a vida não perdura, que importa morrer bem ou mal? O primeiro momento de angústia encontramo-lo quando Dom Manuel diz a Angela que "há que acreditar em tudo o que ensina a Santa Mãe Igreja Católica Apostólica Romana" (32).  Angela comenta: "Li não sei que profunda tristeza nos seus olhos azuis como as águas do lago" (32). Vê-se então claramente a relação estreita com o escrito uns capítulos antes: "e ao chegar ao 'creio na ressurreição da carne e na vida duradoura' a voz de Dom Manuel mergulhava como num lago, na voz do povo todo, e era que ele se calava." (18). É que Dom Manuel não queria mentir.  Além disso tinha a sua maneira de entender ou de fingir e dar exemplo.  Lázaro conta a sua irmã Angela "o milagre" da sua conversão: Dom Manuel tinha-o trabalhado "para que não escandalizasse, para que desse bom exemplo, para que se incorporasse à vida religiosa do povo, para que fingisse acreditar se não acreditava [...] Mas você aconselha-me que finja?  E ele, balbuciante: Fingir? Fingir, não! Isso não é fingir!" (45).

Supostamente, tratar de acreditar em algo levaria a acreditar realmente, mas com Dom Manuel isso  não sucedeu.  E essa era a sua angústia. Dom Manuel entra, de imediato, a tratar o tema do sonho como sobrevivência: "Eu estou aqui para fazer que se sonhem imortais e não para matá-los" (46).  Como diria o personagem de Borges em As ruínas circulares:  Quem sabe se alguém também me está sonhando a mim!

E chegamos ao cume da angústia: 

" -- Mas você, padre, crê?  Vacilou um momento e, repondo-se, disse-me: 
-- Creio.
-- Mas, em quê, padre, em quê?  Crê você na outra vida?, Crê que ao morrer não morremos de  todo?, Crê que voltaremos a ver-nos, a querer-nos no outro mundo que há-de vir? Crê na outra vida?   O pobre santo soluçava.
-- Olha, filha, deixemos isso!" (50).

Mas não poder acreditar na vida duradoura, leva Dom Manuel à aparente contradição de não querer defender a vida enquanto a tem. É a tentação do suicídio: "A minha vida, Lázaro, é uma espécie de suicídio contínuo, um combate contra o suicídio, que é igual; [...] Sigamos, pois, Lázaro, suicidando-nos na nossa obra e no nosso povo, e que este sonhe vida como o lago sonha o céu" (53). Dom Manuel dá sentido à sua tentação de suicídio na medida em que a sua vida e obras são para dar vida ao povo e este se imortaliza no sonho, como o lago imortaliza o céu.  O tema repetitivo do sonho. Como diz o próprio Unamuno: "A vida, que é tudo, e que por ser tudo se reduz a nada, é sonho, ou acaso não merece ser sonhada sob uma forma sistemática. Sem dúvida! O sistema -- que é a consistência -- destrói a essência do sonho e com isso a essência da vida".  Esta ideia está intimamente ligada à teoria de Baruch Spinoza de que a essência de uma coisa consiste na sua tendência a manter o seu ser indefinidamente.  O ser seria então um princípio de perduração.

A mesma ideia continua a desenvolver-se e faz-se mais concreta e crua na confissão: "inclinou-se ao ouvido [de Lázaro] e disse-lhe: Não há mais vida eterna que esta..., que a sonhem eterna..., eterna de uns poucos anos..." (61). Esta eternidade sonhada, não é o mesmo que uma eternidade criada ou acreditada. Dom Manuel cita Calderón para dizer que "o delito maior do homem é ter nascido". Como pode tê-lo parafraseado Jorge Luis Borges na sua ideia de que o mais trágico do homem é saber-se mortal; os animais, esses são imortais porque não têm consciência da sua morte. Dom Manuel tinha, mais que ninguém, consciência da sua morte. Mantinha uma firme crença de que a eternidade sonha-se: "Tu, Angela, reza sempre, continua a rezar para que os pecadores todos sonhem até morrer a ressurreição da carne e a vida duradoura...! (66).

E o primeiro milagre da imortalidade aparece no romance quando "Ninguém neste povo quis crer na morte de Dom Manuel; todos esperavam vê-lo diariamente, e por acaso viam-no passar ao longo do lago e reflectido nele ou tendo como fundo a montanha; todos continuavam a ouvir a sua voz, e todos iam à sua sepultura, à volta da qual surgiu todo um culto." (69). De alguma maneira tinha-se realizado o seu sonho de continuar a viver em e com o seu povo.  É a convicção de que as obras ultrapassam a vida física e algo prolonga a vida de quem as realizou. Da ficção à realidade chega-se a Dom Oscar Romero, que foi arcebispo de San Salvador, e que profeticamente tinha afirmado: "Se me matarem, ressuscitarei no povo". Angela não só sente que é assim, mas  está convencida, pela "experiência da santidade alheia", que Dom Manuel Bom e o seu irmão Lázaro "morreram acreditando não crer no que mais interessa, mas sem querer acreditá-lo, acreditando-o numa desolação activa e resignada." (76). Aceita a piedosa fraude de Dom Manuel porque "cria e creio que Deus Nosso Senhor, por não sei que sagrados e insondáveis desígnios, fê-los crer-se incrédulos." (77). Angela, a confidente e confessora, já não sabe se crê ou não, se é realidade ou sonho o que está a passar.  Vai mais longe no seu cepticismo e já não sabe sequer o que é crer e em quem acreditar.

"É que tudo isto é mais que um sonho sonhado dentro de outro sonho?"(29).  O tema repetido do sonho como evasão ao problema que atormenta a vida "real". A crença como âncora indispensável para continuar a viver seria a resposta e explicação ao conselho de Lázaro ao novo pároco de Valverde de Lucerna: "Pouca teologia, hein?, Pouca teologia; religião, religião"(71).

De novo a preocupação do autor na boca de um personagem: é preciso buscar onde agarrar-se, mesmo que sejam só sonhos e ilusões. O importante é que a gente viva. "E agora crer em São Manuel Bom, Mártir, que sem afirmar a imortalidade os manteve na esperança dela." (79).

5. Conclusão

A vida do mais além -- por via da imortalidade ou da ressurreição -- ocupa toda a obra de Unamuno, tácita ou explicitamente. No romance que acabamos de ver, consegue o autor não só pôr claramente o problema sem apresentar soluções, mas expõe, com grande precisão, uma outra questão: a angústia de quem não crê e se supõe que deva crer.  Surge então o segundo problema -- de Dom Manuel ou de qualquer pessoa:  Confessar ou calar? Segundo o romance, desafogar-se, sim -- foi o que fez Dom Manuel com Angela e Lázaro -- mas não confessar, porque ninguém acreditaria nele; e porque a verdade mataria esse povo; e isso era o que não quereria Dom Manuel, cujo esforço e sofrimento consistia em que o povo fosse feliz e vivesse. Seguindo a analogia presente em toda a obra -- a coincidência de São Manuel com Cristo -- e parafraseando o Evangelho, concluiremos que Dom Manuel tinha vindo a Valverde de Lucerna para que o seu povo tivesse vida e -- se não podia tê-la para a eternidade -- a tivesse em abundância enquanto vivesse.
 

Obras consultadas

Abbagnano, Nicolás. Historia de la filosofía. Vol. II. Ed. Hora. Barcelona, 1982. [A ed. portuguesa, com o título de História da Filosofia, tem 14 volumes e saíu sob a responsabilidade da Editorial Presença, de Lisboa.(Nota d'O Canto)]

Brugger, Walter. Diccionario de Filosofía. Ed. Herder. Barcelona, 1975. [ed. portuguesa: Dicionário de Filosofia. São Paulo : Editora Herder, 1962. (Nota d'O Canto)]

Díaz-Plaja, Guillermo. Historia general de las literaturas hispánicas. Tomo VI. Editorial Vergara, Barcelona, 1967.

Marías, Julián. Obras. Vol. V.   5ta. Edición. Revista de Occidente. Madrid, 1960.

Rico, Francisco. Historia y crítica de la literatura española. Vol. VI. Madrid.

Unamuno, Miguel de. San Manuel Bueno, Martir. Alianza Editorial, 2da. edición, Madrid, 1968.

----. Por tierras de Portugal y de España. 6ª ed. Colección Austral, Espasa-calpe, Madrid, 1964. [ed. portuguesa: Por terras de Portugal e da Espanha. Lisboa : Assírio & Alvim, 1989. (Nota d'O Canto)]

Valbuena Prat, Angel. Historia de la literatura Española. Tomo V. 9na. edición. Editorial Gustavo Gili, S.A., Barcelona, 1983.
 


Notas
(*)
(Nota d'O Canto)
Doutorado em Filosofia e Letras (Filologia Espanhola), o autor é catedrático da Universidade Interamericana de Porto Rico, onde é professor de Filosofia (Lógica e Ética) e de Literatura (programa graduado). Página pessoal em
http://pagina.de/lopesdasilva
(Voltar ao texto)
(1) Ricardo Gullón, "Relectura de San Manuel Bueno", Historia y crítica de la literatura española, vol. VI, de Francisco Rico, p. 267 (Voltar ao texto)
(2) Julián Marías, Obras, vol. V, "Miguel de Unamuno", 5ª ed., Revista de Occidente, Madrid, 1960, p. 59. (Voltar ao texto)
(3) Miguel de Unamuno, Por tierras de Portugal y España, 6ª ed., Colección Austral, Espasa-Calpe, Madrid, 1964, p. 45. (Voltar ao texto)
(4) Julián Marías, Op. cit., p. 187. (Voltar ao texto)
(5) Ricardo Gullón, Op. cit. p. 274. (Voltar ao texto)
(6) Eusebio Colomer, "El pensamiento novecentista (1890-1936)", Historia general de las literaturas hispánicas, dir. Guillermo Díaz-Plaja, Tomo VI, Editorial Vergara, Barcelona, 1967, p. 249. (Voltar ao texto)
Leia ainda, sobre Unamuno:

||| o respectivo verbete do Lexicon
||| dados biográficos e bibliográficos (em castelhano)
||| o texto San Manuel Bueno, Mártir é também um texto político

e, dele, o poema En la mano de Dios.

O mocho
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