INTRODUÇÃO À FILOSOFIA - 10º ano
Visão geral do programa

A INTENÇÃO FILOSÓFICA E A
DIVERSIDADE DOS SABERES

Unidade histórico-problemática
Unidade antropológico-axiológica Página de entrada d'O Canto
 

A CONSTRUÇÃO CONFIGURADORA DA EXPERIÊNCIA

  • A transfiguração da experiência: a arte
  • Ordenação e enquadramento da experiência convivencial: o direito e a política
  • O estatuto da Ciência como elaboração da experiência

 


DO PROGRAMA

No percurso que o Programa procura delinear, a 2ª rubrica traduz uma mudança de perspectiva e uma maior aproximação a temáticas já do domínio filosófico, anunciadas e preparadas pela rubrica anterior. Mantendo a experiência como horizonte de referência, este ponto visa uma análise, ainda que incipiente mas já minimamente rigorosa, de alguns grandes planos em que ela é reconstruída e configurada. Sem dúvida que o conhecimento científico abre um espaço importante para a reflexão, mas outras dimensões da experiência, na multiplicidade dos seus âmbitos, reclamam também uma consideração filosófica. É o que acontece com a experiência estética, em todas as suas formas e expressões, que constitui uma das vivências essenciais do ser humano, quer individual quer historicamente considerada. Artes da imagem como a fotografia, a pintura e o cinema, artes da palavra como a literatura ou o teatro, artes do som e do movimento como a música e a dança, revelam uma transfiguração da experiência que simultaneamente a retoma e a reconstrói, quer no plano da racionalidade quer no da criatividade.

Tal como a experiência estética, a experiência convivencial impõe-se como um dos campos significativos da existência, uma vez que a sociedade constitui o elemento de possibilidade da vida humana e surge perante ela simultaneamente como uma condicionante e um desafio. Mais não se pretende aqui do que problematizar o modo como os dois grandes domínios da vida em sociedade -- o Direito e a Política -- ordenam e enquadram as relações entre as pessoas e as instituições. Problemas como a natureza e a função das leis, a legitimidade da autoridade política permitem delimitar o campo teórico em que se escoram alguns referenciais éticos da reflexão actual tais como direitos humanos, democracias e minorias, supra nacionalidade e regionalização, enunciados a título meramente indicativo e propedêutico, visto que, dado tratar-se de temas em que a problemática dos valores é fundamental, serão desenvolvidos na unidade II.

A ordem pela qual os dois planos de construção da experiência aqui são referidos não releva de nenhum pressuposto de natureza valorativa nem de nenhuma opção teórica mas resulta, apenas, de uma preocupação motivacional de aprendizagem.

Ao introduzir uma reflexão inicial sobre a ciência pretendeu-se salientar o "estatuto" com que o saber científico se constitui na racionalidade, não havendo lugar aqui para um tratamento epistemológico. Deverá antes apelar-se para uma reflexão integradora dos conhecimentos e das performatividades de que os alunos já dispõem em relação às diversas ciências com as quais tomaram contacto no desenvolvimento do seu plano curricular. Salientar a não espontaneidade da ciência, distinguir entre o dado e o construído, realçar o continuado esforço de apreensão e racionalização do real como uma conquista humana sempre em aberto, podem constituir-se como pistas de abordagem a este nível.

O caminho traçado, do imediato e do vivido, até aos níveis superiores de elaboração racional, facilitará uma aproximação ao campo específico da Filosofia.

 

REVISÕES

  • A arte como transfiguração da experiência
    "A arte é transfiguração: à paisagem, às situações, às pessoas, às coisas, aos gestos, a arte acrescenta uma nova dimensâo que nâo estava nelas mas residia no olhar, na alma do artista. A realidade imediata e banal é revista, recriada, reconfigurada -- sem que isso seja uma simples reprodução -- mesmo naquelas artes que parecem estar mais próximas da realidade perceptivel, como a fotografia e o cinema" [Maria Florinda ALBERGARIA; M. Isabel Chorão AGUIAR - Introdução à Filosofia 10, p. 74 (elementos bibliográficos aqui)].

  • Para ser Homem, o Homem precisa de conviver; precisamos uns dos outros

biologicamente (nascemos sem os meios de poder sobreviver sozinhos),
afectivamente
(necessitamos do carinho dos outros, do seu afecto, dos seus estímulos...),
intelectualmente
(é no contacto social que desenvolvemos capacidades como a imaginação ou apreendemos valores).

Por isso faz todo o sentido afirmar que o Homem é um animal político -- um ser por natureza destinado a viver na polis.

O Direito nasce da necessidade de regular o exercício das liberdades (individuais) nessa vida em sociedade, de estabelecer o equilíbrio possível entre os interesses, por vezes antagónicos, das várias forças que se geram no interior dos grupos sociais.

||| Leia os verbetes (do Lexicon) Política e Direito.

  • A ciência: uma construção racional e técnica
    ||| No verbete Ciência do Lexicon encontra algumas ideias sobre o tema, bem como hiperligações para outras páginas
    ||| O texto O conhecimento científico caracteriza a ciência como um modo de conhecer fáctico, especializado, claro e preciso, verificável, metódico, sistemático, geral, legislador, explicativo, preditivo, aberto. O texto Características do conhecimento científico apresenta a ciência como um conhecimento objectivo, positivo, racional, revisível e autónomo.
 
©Nov/2001-Nov/2002

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