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Pretexto
para este texto: o apoio à rubrica Da
percepção à razão do programa do 11º
ano (ano lectivo 2001/02) de Introdução
à Filosofia
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da ACTIVIDADE COGNITIVA [O desenvolvimento intelectual, que leva da inteligência ao pensamento] ocorre em quatro estádios, que Piaget caracteriza da forma que se segue:
Conclui-se, assim, todo um
processo com vista à adaptação à realidade,
progressivamente mais rigorosa. (AMORIM, Carlos; AGUIAR, M. Isabel Chorão; MOREIRA, M. Margarida. Introdução à Filosofia 11, p. 128-129 [elementos bibliográficos aqui]
O CONHECIMENTO
COMO PROCESSO ADAPTATIVO: Como todo o conhecimento é uma acção e um aspecto essencial da acção em geral, os conceitos mais básicos pelos quais é abordado são os conceitos básicos pelos quais a biologia aborda toda a acção. Ora toda a conduta de um ser vivo é um processo de adaptação. Esta adaptação é simultaneamente assimilação, isto é, o trabalho do ser vivo para modificar o meio de acordo com as suas necessidades e de acomodação -- as modificações do ser vivo para melhor se adequar ao ambiente e responder aos seus desafios. Todos os seres vivos nascem equipados com uma série de respostas instintivas a certos estímulos. Tais instintos não só são necessários à sobrevivência do indivíduo como são a base do conhecimento; primeiro porque, como todo o conhecimento, são um modo de abordar e reagir ao meio, ou seja, constituem uma espécie de "perspectiva inconsciente" sobre o que é a realidade e o que se pode esperar dela, uma "interpretação" dos acontecimentos, e uma espécie de conjectura sobre o que seja uma resposta adequada; em segundo lugar, se seguirmos o exercício dessas respostas instintivas, descobrimos, com Piaget, todo o processo que origina as formas de conhecimento mais complexo. Os instintos ou reflexos inatos (mas não todos) dão origem, em primeiro lugar, aos esquemas. Os esquemas são as unidades básicas do intelecto. Definem-se como sendo padrões de acção, padrões de resposta às situações, e portanto, organizam a nossa relação com o meio. Nas suas primeiras semanas de vida, por exemplo, a criança dispõe de vários esquemas baseados em reflexos inatos como o chuchar e o agarrar. Enquanto se trata de reflexos, o chuchar e o agarrar são apenas respostas maquinais e executadas sempre do mesmo modo. Porém, o exercício gera modificações visando adaptações cada vez mais bem conseguidas. Os esquemas não deixarão de existir, evoluirão em complexidade e darão lugar aos conceitos. Os conceitos são os padrões de resposta mas agora transpostos, mediante a linguagem, ao nível do pensamento. Os esquemas ocorrem no processo de assimilação, que consiste na aplicação dos esquemas já adquiridos [o meio é apreendido e integrado pelos esquemas e estruturas do sujeito]. Por exemplo: a criança não chucha apenas o mamilo, mas também a chucha, o cobertor, o dedo, qualquer objecto. Tudo se passa, como diz Piaget, como se o bebé tivesse uma teoria o mundo é uma realidade a chuchar e a aplicasse continuamente. Vai assim, através dessa "prática", adquirindo informação sobre os objectos do seu ambiente, assimilando essa informação ao seu esquema. Mas esta aplicação dos esquemas é também um espécie de "teste" a esses mesmos esquemas originando a acomodação, isto é, a modificação e diversificação dos esquemas existentes para tentar resolver os problemas postos pelo meio [as estruturas do sujeito são modificadas em função das situações particulares]. (RODRIGUES, Luís. Introdução à Filosofia: 11º ano, p. 214-215 [elementos bibliográficos aqui])
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