Escritor
norte-americano (n. 1891). Autor de Tropic of Cancer (1934), Black
Spring (1936), Tropic of Capricorn (1939), The Colossus of Maroussi
(1941), The Air Conditioned Nightmare (1945), Sexus (1949), Rosy
Crucifixion (1949), Plexus (1952), Nexus (1961) -- as características
da sua obra podem ser sugeridas pelas suas palavras: "Para mim, o livro é
o homem, e o meu livro (Black Spring) é o homem que eu sou,
ardente, obsceno, turbulento, pensativo, escrupuloso, mentiroso e diabolicamente
sincero". Muito influenciado sobretudo por Céline e Cendrars, levou ao
extremo a liberdade de linguagem, mormente no que respeita ao sensual, propondo-se
encontrar na sexualidade a fonte primitiva
da vitalidade e da alegria. Mas a impressão mais forte que se evola da
"autobiografia épica" que é toda a sua obra é a de que
"a carne é triste" e o homem, um ser à deriva, sem explicação.
(Redigido a partir do verbete correspondente da Enciclopédia
Luso-Brasileira de Cultura) ||| De H. MillerO Canto tem um pensamento solto no verbete sexo.
Sobre a sua obra Sexus, Miguel Torga
escreveu: "Sexus. Mas não gosto. Sade
fez melhor e para sempre. E com a vantagem de o fazer por conta da imaginação.
Passou tanto tempo na cadeia, que certamente não praticou a milésima
parte do que escreve. E a melhor maneira de ser Robinson é sê-lo
em Londres. Miller e os da sua estirpe são adoradores concretos do próprio
falo, cantam a glória da sua real potência. Exibem a virilidade
em cada página. E não há nada mais repugnante do que um
escritor a ejacular pela caneta" (Diário
- XII. Negrito d'O Canto).